domingo, 2 de outubro de 2011

Enquanto a Noite Vem

Enquanto a noite vem
E realça o perfume das mágoas
Enquanto o sol se vai
E se apaga em ponentes águas
Eu sigo ex-hiperbóreo
Sem encanto e sem corcel
Sem um manto sobre os ombros
Com as amadas estrelas do céu
Sem ouro e sem cobre
Não sei distância nem valor
De alma rica e couro pobre
A esperança é meu calor
E quando a noite vai
Eu me vejo como sol
Toda dor também se vai
E brilha forte o arrebol
Arrebol de um novo dia
Novo dia pra enfrentar
Novo destino nova via
Nova chance de sonhar!

sábado, 1 de outubro de 2011

Verdade

Encanto de noite plena
Fulgura o findar da aurora
Enquanto jaz serena
A bélica voz de outrora

Já não se tem mais certeza
Já não se sabe a idade
Não mais se conhece a beleza
Não mais existe verdade

Existem só ecos distantes
Somente áureas lembranças
Não mais os povos grimpantes
Que giraram rodas de mudança

Quem procura a verdade
Da boca de quem venceu
Conhece vis desparates
Sobre o inimigo seu

Quem busca conhecer o passado
Através das vozes derrotas
Conhece um povo alado
E sendas estreladas

Quem busca a história
Pura e propriamente viva
Não precisa de memória
Pois se ela existe é cativa

Se quiser conhecer a história
Construa com tua vontade
Tendo por sina a vitória
E das estrelas saudade