domingo, 8 de maio de 2011

Guarida

Num arroio bonito ao sul do Rio Grande
Toda minha tropa  eu fiz apear
No chão bagagem, na mão o mate
No olhar imagem de não acreditar

O campo verde, o povo amigo
Soja, milho e trigo para semear
Coração puro, amor verdadeiro
Mais de mil janeiros cá hei de ficar

Criar cavalos, ovelhas e gado
E pedra por pedra eu erguer meu lar
Guardar esporas e prender correntes
Junto dessa gente de se admirar

Porteira aberta à espera de amigos
E também da dona da minha paixão
Morena linda de olhar verdadeiro
Que tem por paradeiro o meu coração

O cheiro amargo de uma cuia plena
E a lua serena a boiar no céu
O vôo baile dos mil pirilampos
E o sereno branco caiando o chapéu

O sol trigueiro brilha no horizonte
Desta terra fonte de tanta alegria
O tempo passa deixando saudades
Do nascer até o findar do dia

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